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Entenda como a emoção e o filtro de realidade podem contribuir para a criação de uma imagem forte.
O grande sonho de todo político que pretende permanecer no meio, é fazer com que as pessoas defendam sua imagem, tornando-se assim cabos eleitorais permanentes.
No entanto a grande maioria, não sabe bem ao certo por onde começar a fazer isso. Os políticos que tem os nomes mais fortes que já ouvimos falar, mesmo depois de escândalos e acusações, são aqueles que entenderam bem a regra do jogo da emoção e dos filtros de realidade e permaneceram na mente das pessoas como alguém em quem se deve admirar e acima de tudo confiar.
Uma das primeiras regras desse jogo e talvez a principal delas é saber que o ser humano é emocional ou seja, somos programados para responder à emoção e não a razão. Podemos ouvir apenas uma pequena parte de um discurso, associado a um gesto aqui ou uma frase acolá e se os botões emocionais forem acionados da maneira certa, cabum! Decidimos que concordamos com o que estamos vendo e ouvindo e ainda vamos além, buscando explicações racionais para embasar nossa decisão.
Estudos sobre persuasão indicam que o ser humano tem uma forte tendência a decidir de forma emocional, mas não sabe disso. Podemos ser seres racionais para questões triviais, tais como abastecer o carro ou dirigir até o trabalho, mas no que diz respeito a amor, família, política e ego é a emoção quem assume o controle, mesmo que na maioria das vezes, não percebamos que isso aconteça.
Para construir uma imagem política, o primeiro fator a ser considerado é a emoção, pois é por meio dela que se entra na cabeça e no coração das pessoas.
O segundo passo é construir admiração. Quanto mais admirada é uma pessoa, maiores serão as chances de ela ser defendida por outras em casos de ataque. Crie admiração e você terá guardiões de sua imagem em tempo integral.
Mas como criar admiração em tempos onde a realidade é mais virtual do que presencial?
Esse é o terceiro ponto onde queremos chegar: Criando filtro de realidade real e virtual. Em nossa consultoria, uma das principais preocupações é primeiramente saber se o político está criando o filtro de realidade certo para a construção de sua imagem, seja ela nas redes sociais ou no dia a dia, no contato presencial com a população. Isto porque o filtro de realidade faz com que as pessoas formem em suas cabeças o que chamamos de dissonância cognitiva e viés de confirmação, que basicamente se referem a refutar e eliminar ideias que vão contra aquilo em que se acredita.
Você provavelmente quando era criança, acreditou em Papai Noel ou Coelho da Páscoa certo? Possivelmente também tinha a plena convicção de que eles existiam e até buscava “indícios verdadeiros” de que esses personagens eram reais. Isso é o que chamamos de filtro de realidade.
Não estamos querendo dizer que criar filtro de realidade, é construir algo que não existe, muito pelo contrário, ao invés disso o que queremos é mostrar o poder que um filtro tem, sendo capaz de ser usado para gerar uma crença forte.
Hoje existem inúmeras formas de se trabalhar emoção e filtro de realidade para criar uma imagem política estável, como no caso do bom uso das redes sociais. Se um político entende como se posicionar para o seu público, utilizando a comunicação política certa que alia emoção e criação de filtros de realidade, consegue atingir o público em cheio e aumentar consideravelmente as chances de angariar arautos para a sua imagem.
Porém existe um cuidado a ser tomado: Criar filtros de realidade é construir a imagem que se quer baseado em sua essência e não embarcar em modismos políticos só porque "todo mundo está fazendo", como bem me disse o consultor político Marcelo Vitorino certa vez: “Não entre no trem que você não sabe onde vai dar”.
Então, se você quer criar uma boa imagem que seja defendida pelas pessoas, aposte na emoção, admiração e no filtro de realidade certo. Essa não é uma fórmula mágica, mas o começo de uma boa reputação.