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  • Foto do escritorEstratégia Parlamentar

Campanhas Eleitorais e santinhos com tecnologia de realidade aumentada é possível?


Recentemente um vídeo com santinho virtual circulou na internet e causou frisson entre pré-candidatos. Mas será que essa tecnologia é acessível ou apenas mais um sonho distante?


Ao que parece, uma tendência lançada em 2014 pode voltar a ter relevância e visibilidade no cenário eleitoral. Trata-se do Santinho virtual baseado em Realidade Aumentada.

A inovação que apareceu pela primeira vez há 06 anos, parece fazer total sentido em tempos de Pandemia. No entanto, antes de sair buscando quem ofereça esse tipo de serviço, é preciso saber o que é a realidade aumentada e como você pode incorporar isso em sua estratégia de campanha, além do principal: se isso faria sentido para as pessoas que você quer atingir.

Assim como muitas “inovações” e novidades digitais que vemos por aí devemos sempre ter o bom senso em saber que nem tudo serve para todas as pessoas e este tipo de tecnologia é uma dessas coisas. Em primeiro lugar é preciso que você entenda o que é realidade aumentada.

O que é realidade aumentada?

Falando de maneira muito simplificada, é o uso da tecnologia aliada ao mundo real, utilizando para isso um software e um dispositivo como o celular para fazer a junção dessas duas realidades.

A popularização da realidade aumentada no Brasil

Aqui no Brasil a realidade aumentada se popularizou com o Jogo Pokémon Go que foi febre entre os jovens em 2016. No entanto, a tecnologia também é utilizada na área comercial em marcas como a Ikea.


No contexto político, a tecnologia também pode ser aplicada em santinhos virtuais como você pode conferir no vídeo abaixo.




A ideia parece inovadora e disruptiva, o que causaria um frisson inicial em quem recebesse o tal santinho interativo, mas muita calma nessa hora, alguns fatores devem ser amplamente considerados antes de sair buscando quem realize para você essa ideia inovadora, confira essas dicas:


Planejamento


O primeiro fator de qualquer ação é o planejamento estruturado. Inclua neste item o objetivo que se pretende alcançar e também as habilidades de oratória e posicionamento de câmera do candidato, as vezes uma comunicação bem feita nas redes sociais, pode se tornar mais efetiva que qualquer tecnologia inovadora.


Outro fator que deve ser incluso neste planejamento é a pesquisa de empresas confiáveis que oferecem esse tipo de serviço. E não se engane, não é algo barato.


Na ânsia de inovar você pode cair no conto do vigário e tornar o sonho de se diferenciar em pesadelo.


Ainda no planejamento é importante verificar se este tipo de ação, cabe no seu bolso ou melhor, no seu orçamento de campanha.


Tendo isso definido, inclua também como esse material poderia ser distribuído em tempos de pandemia, dentro de um calendário bem alinhado com sua campanha. Afinal, de nada adiantaria ter em mãos uma ferramenta tecnológica se você não poderia entregar isso para as pessoas.


Perfil de Eleitor


Esse ponto é fundamental para que sua ideia de inovação seja um sucesso ou um fracasso: Passar pelo crivo de usabilidade do eleitor que você quer atingir.

Faça uma análise sincera, será mesmo que todas as pessoas saberiam usar o santinho tecnológico? A coisa não funciona de maneira assim tão simples, para ter acesso ao conteúdo a pessoa deveria estar disposta a baixar o software de leitura do mesmo. Será que vale o empenho?


Não é só porque você achou bacana, que serve para a sua estratégia. Seja honesto consigo mesmo, nem tudo são para todas as pessoas, talvez você esteja usando algo que não faça sentido para potenciais eleitores que poderiam ser atingidos de forma mais tradicional.

Para analisar esse perfil, considere fazendo um recorte de faixa etária, classe, renda e outros comportamentos fundamentais que podem interferir na sua ação.

Uma pessoa da terceira idade por exemplo, poderia ter dificuldade ou desconforto pela não familiarização com a novidade.



Estratégia de distribuição


Santinhos tecnológicos não são baratos, justamente por isso uma estratégia de distribuição deve ser considerada. Seria um grande desperdício ver santinhos tecnológicos jogados pelo bairro e você ver o dinheiro que poderia ser investido em outra ação escoar pelo ralo.

Para esse tipo de material, cada entrega conta, por isso definir uma estratégia de distribuição se torna tão necessária.


Análise de Resultados


Quem não analisa resultado, não tem controle de ações, por isso é muito importante, caso você invista nessa estratégia, saber exatamente e de forma antecipada, como vai medir os resultados dessa ação.

Para isso métricas como crescimento do perfil e maior engajamento em posts específicos que fazem alusão ao santinho tecnológico são bons indicadores para mensurar se sua estratégia teve ou não um bom resultado.

Inovações são necessárias e importantes no marketing eleitoral, ainda mais no contexto em que vivemos. Porém antes de sair por aí caçando inovações, faça a lição de casa em seu planejamento digital.


Às vezes o “feijão com arroz” bem feitinho é o que resolve. Na dúvida, aposte no simples que funciona. Fica a dica.

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